Sexo, um Taboo

Todos achamos que sabemos falar de sexo, mas nunca sabemos como abordá-lo. Aliás, achamos sempre que sim. Mas na teoria, não. Na prática, todos nos safamos, porque somos uns completos animais. Adoramos fazer, sentir, eu sei disso tudo. Sentimos falta dele, reclamamos porque só nos vêem como pedaços de carne, como as leoas vêem as zebras, não se sintam mal, somos animais!


Desde que criei este blog, pensei sempre que seria uma forma prática e fácil de falar de um dos taboos mais complicados da sociedade, o sexo.

Porquê? Passo a explicar, a minha visão deste jogo.


Na minha infância, como de certo na tua também, lidamos com o infantário, cresce, outros simplesmente passam a infância com as avós, penso que seja daí!
Desde cedo que comecei a lidar com rapazes, via que existia uma diferença, porque é que as meninas vão para uma casa de banho divida por uma parede e eles vão para a outra, se somos todos iguais? Ai é que está, somos parecidos.
Nos acampamentos, ficávamos em tendas separadas, convivíamos no resto do dia, vestiamo-nos de maneira diferente, e daí? O que é que eles tinham que nós não tínhamos, fácil. Um pénis, meia dúzia de cabelos curtos na nuca, umas vozinhas irritantes e uns pés esquerdos que só pensavam em jogar à bola.
Nós, por sua vez, dedicávamos os tempos às tranças, apanhar borboletas e a sorrir, sorrisos inocentes, que com o tempo movemos para imaginações mais profundas.


Chegava a casa, sempre cheia de perguntas, às quais os meus país sempre me explicaram da melhor maneira possível, mas num dia, achei por bem perceber que aquela história de os bebés virem nas cegonhas era de todo muito estranha.
Mãe, de onde vêem os bebés? É não acredito nas cegonhas.
Por momentos a minha mãe, parou. Ainda me lembro como se fosse hoje, parou no corredor, ia a casa de banho arrumar as toalhas, olhou fixa para mim e respondeu subtilmente (característica que eu também tenho, adquirida com a minha mãe) Filha, o pai colocou uma semente na mãe, e a partir daí, ela começou a ficar diferente, começas-te a crescer dentro da mãe até que chegou aos 9 meses e saís-te de mim, para te ter aqui comigo.
A sério, esta foi a minha primeira experiência de conversa com os país sobre sexo, a partir desse momento, anos mais tarde achei por bem, começar a fazer pesquisas a cerca desse mistério.

***

No começo das hormonas vibrantes, cerca de 13 anos. Comecei a olhar para a minha televisão com olhos de ver, na altura já existia a televisão por cabo, que delicia!
Uma descoberta vibrante, excitante, ao qual não podia tocar, canais do género playboy, sexyhot, vênus (tempos mais tarde).
Adorava fazer zapping, até que um dia por acaso, descobri que esse tipo de conteúdo estava exposto, será que já tinha idade suficiente para os ver?, fiquei com essa dúvida sempre, até descobrir que já tinha.
Férias de verão, aquele momento do ano em que não se fazia nada, ficava certos dias em casa sozinha, de manhã via desenhos animados, à tarde lá vinha as matinês de zapping nos canais de adultos, ó se não vinha!
A primeira vez que vi, fiquei boque aberta a tentar perceber o que estavam a fazer, até que percebi, que cada gemido, cada imagem, cada cena erótica, estava a por-me fora de mim, até que algum desejo se espalhava no meu corpo, aqueles olhares, tiravam-me do sério, não estava a perceber esta mutação no meu corpo, até que percebi que num dos filmes a actriz, se tocava na vagina com suaves caricias no clitóris, decidi experimentar tocar, sempre suave, mas nunca me vinha, até que percebi que para ser muito bom tinha de me vir, e foi isso mesmo que tempos mais tarde percebi que tinha mesmo de o fazer, começava a perceber que era algo que ganhava gosto a cada dia, sempre cada vez mais e mais.
Começava a desejar o sexo oposto, ou melhor do mesmo sexo.
Começava a ler artigos, anatomias básicas da net, a ver kamasutras, a pedir opiniões, a tirar conclusões e anos mais tarde a experimentar coisas às quais eu consigo partilhar contigo aqui no blog.

Nesta idade, o desejo ganhava vida e como ganhava vida, procurava desfazê-lo.
As minhas amigas, sempre mais velhas, diziam que perder  virgindade doía, so shame! Doer? o quê? meninas! Na altura estava a começar a namorar, sempre com rapazes mais velhos, como é claro, nunca mais novos, para mais nova bastava eu!
Lembro-me da minha primeira vez, completamente estreante no sexo, divinal, como da primeira vez que passei pelos canais adultos.



Sempre com a expectativa dessa dor, mas que dor era essa que toda a gente me falava? Qual dor!
Foi a melhor dor de todos os tempos, a sério, deves de te estar a rir neste momento, mas digo-te que foi a melhor, também porque gosto de sadomasoquismo mas isso são outros quinhentos.
Foi uma dor, intensa, o meu corpo adaptava se de tal maneira ao corpo dele que me sentia relaxada, penso que seja daí que surge essa dor que todas as miúdas têm receio, eu nunca tive, sempre destemida para a dor, ele por sua vez, foi um bom namorado, o sexo por acaso era possessivo, sempre com vontade de ser viciada nele, aos poucos o meu corpo desejava mais coisas para além da posição base em que estávamos,para além dele, para além do seu toque e para além dos sítios em que fazíamos, que eram sempre os mesmo (cama, cama e cama, que frustrante!), percebi que havia uma vasta gama de posições e coisas que se poderia fazer.
Mas isso, sim isso que estás a pensar, foram anos depois, que se remontam até agora...
Háá... mas isso são outros quinhentos!

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Por vezes, em certas famílias falta um pouco esse à vontade, e penso que vêm daí esse segredo todo que se ronda à volta desse taboo gigante que é o sexo.

Por vezes, falta uma simples conversa, tanto com as crianças, mas principalmente com os casais.
Nunca se deitem com alguém, antes de perceberem os gostos dessa pessoa, porque é bonito, aliás girrisimo fazer-mos sexo com alguém que não conhecemos por uma noite, mas se for para todo uma vida, as coisas começam a descambar porque não sabem conversar, não se sentam e falam, não sabem como agradar. Falta iniciativa, falta à vontade, também me podem dizer que somos tímidos, certo. Mas num relacionamento, não podemos ser tímidos, à que perceber que se estão juntos é por alguma razão.

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O meu lema :



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