Um sonho

Por uns breves instantes encostada no sofá, fechei os meus olhos cansados e 

dei por mim a despertar numa cama vazia, num quarto que desconhecia, numa casa que não era minha. Nada me era familiar. Até ver dois gatinhos, um preto e um branco. O preto de olhos amarelos  e o branco de olhos azuis-claros. Reconheci-os das fotografias que já vi. Mas… porque estaria ali com eles? Deixei ambos cheirarem-me a mão e fiz uma festinha aos dois. Depois, levantei-me e questionei-me se estaria onde pensaria que estava. Dirigi-me à cozinha. Foi então que a vi. De camisa de dormir, a fazer algo na bancada. Estava fascinada com aquela presença. A postura, a forma como se movimentava. Encostei-me à ombreira da porta a observá-la. Podia ficar ali horas a olhar para ela, sorrindo espontaneamente. E então, ela virou-se e viu-me. O seu sorriso transformou-se num pequeno tom desiludido. Senti-me a gelar e o meu sorriso a morrer, até a ouvir dizer “Oh… estava a fazer o pequeno-almoço para te levar à cama”. O meu sorriso voltou. Aproximei-me dela, agarrei-lhe o rosto levemente, senti o cabelo dela por entre os meus dedos e disse “Desculpa, mas queria tanto um beijo de bom dia teu”.

Aproximei lentamente e muito suavemente  os meus lábios nos dela, roubando-lhe um beijo. Senti o seu sabor, o calor dos lábios d'Ela. Um beijo que eu desejaria nunca terminar. No entanto, também queria que acabasse, para puder mergulhar naquele olhar, naqueles olhos castanhos que me arrepiam só de pensar neles.

Que doce terrível conflito! O beijo chegou ao fim e senti-me a derreter quando vi um sorriso naquela boca de onde sai a linda voz que adoro ouvir. E lá estavam eles… aqueles lindos olhos a olhar-me, como se me penetrassem o olhar e me abraçassem a alma. Então, ouvi a sua voz sexy dizer em tom meloso e ternurento “Bom dia”. Depois voltou-se para a bancada e disse, no seu tom natural e espontâneo, que eu tanto adoro, “Vou fazer o pequeno-almoço na mesma, tenho fome!”. Ri-me e ajudei-a a preparar o pequeno-almoço, não fosse ela esquecer-se de algo, naquela distracção tão genuína e característica dela. Falamos enquanto o preparávamos, como boas tagarelas que somos. Não resisti a abraçá-la, senti-la presa nos meus braços, protegida.

A cama sentia-se fria, sem nós. O nosso calor humano queimava aqueles lençóis, o nosso amor era como as estrelas... à noite brilhava demasiado para dois seres tão distintos.

Ela, não achava piada ao Harry Potter e eu uma menina viciada nos contos fascinantes do feiticeiro mais cobiçado do mundo. Mas mesmo sem nunca termos o HP em sintonia, eu não parava de pensar na nossa last night, já sinto saudades do seu toque.

Aquele toque aveludado da sua pela, do seu gemido, do seu beijo, do meu beijo, do meu toque n'Ela, como a conseguia contagiar a alma e o corpo com o meu toque... ó que saudades!

Acabamos as duas de comer o pequeno almoço, estava delicioso, tinha sempre um pouco de felicidades os nossos pequenos almoços, aquele sorriso de felicidade arrepiava-me sempre... o seu olhar de desejo por mim, era cativante!!

O pequeno almoço acabou. Por fim, o seu rosto ainda mastigava o último pedaço dos trésôr que tanto gosta, soltei lhe um beijo repentino no rosto, o rosto dela começou a ficar vermelho, corado, como era possível que ela poderia corar, alguém sempre desinibida, saquei lhe um beijo na boca, senti o seu lábio a contorcer o nosso desejo de manhã, aquele olhar, aiii aquele olhar não me consegue enganar, aquele fantástico olhar diz tudo.... avancei!

O nosso beijo começou a prolongar, de segundos, para minutos, de menos mãos com mais mão, com mais desejo, com mais entusiasmo, com mais vontade de a tocar, as minhas mão começaram a explorar o interior daquela camisa de dormir, que no seu exterior tinha uns bonequinhos que pareciam peluches de ursinhos, no interior existia o mundo vasto de pequenos poros, que esperavam desesperadamente de perder o controlo com a minha língua, não dava mesmo para controlar!

A minha mão primeiramente tocou lhe no rosto para acompanhar o seu ritmo no beijo, mas não dava para a controlar, fui descendo... primeiro no seu ombro, depois tirei a do sério, encostei a na bancada da cozinha, olhamos uma na outra, ambas sabíamos aquilo que estávamos a fazer, sem nunca dizer mos para, estávamos a gostar daquele descontrole, a minha mão entrou por dentro da sua camisa dos ursinhos aquele peitos já estavam desesperados pela minha mão, pelo meu toque suave ao qual os meus dedos passavam à volta dos seus mamilos, e mesmo no bico do seu peito, que pele mais fina aquela, que pele tão inexplorada, que pureza de peitos!

O meu beijo, passou da boca para o pescoço, do pescoço suave e belo, para o ombro direito, enquanto o seu desejo já a fez subir até à bancada da cozinha de pernas abertas à minha espera entre elas, o beijo continuou o seu rumo, rumo ao mapa do amor, o sítio onde podemos contornar algumas emoções como o umbigo, que umbigo tão liso, que ela tem, a minha línguas percorreu cada centímetro daquele umbigo, até que por fim o meu olhar rondava o olhar satisfeito dela, que se fixava no meu, e naquela troca de olhares o meu beijo continuou a descer as curvas e contra curvas daquele corpo.

O beijo continuou e as mão também, a despirem o seu fio dental branco com uma frase "I'm your blondie".

Abri ligeiramente a perna esquerda para o lado, achei que as suas virilhas também me desejavam, a minha respiração quente continuou a aquecer a sua pele, o meu beijo e sucção desejavam o mesmo em mim, aquela voz doce, converteu-se num gemido contagiante, vibrante, que me percorreu o corpo, consegui perceber que estava a fazer tudo certo, o seu clitóris tinha um íman engraçado colado à pele que reveste o clitóris, será um  piercing?, Ela tem mesmo um piercing aqui?, não pode ser! Mas sim, era.

Lindo, macio, leve, que a fazia vibrar cada vez mais por mim. A minha língua passou de leve no seu clitóris, ela precisava de me sentir,precisava de matar aquele desejo que já não tinha à imenso tempo, era reciproco! Comecei a explorar todos os cantos da sua vagina, suguei demais o seu clitóris, lambei o mais que pude o que era seu.

Enquanto isso, o seu corpo contorcia se com leves gemidos e a sua mão segurava o meu cabelo para que nada me faltasse, a outra mão tocava no sítio bem sensível que são aqueles mamilos doces como o mel.

Não sabia se gosta de 2, 3 ou 4 dedos, ou de uma mão cheia, comecei com 2, o par do amor, daquela manhã louca, aquela menina estava demasiado húmida para não se ficar só por 2, passei logo para os 4, eu sei que ela gosta de mais acção, nunca esperei que fosse assim, estávamos tão loucas as duas, que a minha outra mão tocava no meu clitóris, estava cheia de tesão por ela.

Ela, por sua vez, nunca quereria ficar por ali, então, agarrou me nas ancas colocou me de costas para ela, uma perna levantada na bancada e um pingo de tesão por Ela.

Ela nem sabe, como me senti naquele momento, uma pequena virgem, uma pequena flor acabada de rebentar a saciar por água, água essa que ela tinha para me dar, a casa estava completamente abandonada, sem ninguém só nos tinha mo a nós, e Ela sabia disso, por isso que foi um pouco maluca comigo, beijou me humidamente e loucamente pelas minhas costas abaixo, ela sabia que me tinha na mão e não perdeu tempo em pôr me em êxtase, agarrou me no rabo com as duas mão, começou a lamber-me loucamente, a deixar me mais húmida do que aquilo que eu já estava, sem nunca me dar um intervalo, enquanto isso acontecia a minha mão masturbava o meu clitóris que continuava com vontade de entrar no clímax puro, por Ela.

E ela sabia disso.

Aquele olhar, sabe bem o que quer.

E queria-me ver assim, em êxtase por ela.

Continuava, e continuava a lamber cada centímetro de mim, sempre com as minhas cuecas encostadas a um lado de mim, que ainda me excitava mais.

Ela não me poupou, os seus dedos entravam em mim, até me ouvir gritar de prazer por Ela, mas Ela sabia que eu a desejava desta mesma maneira, não conseguia controlar!

E não precisávamos de nenhum homem para completar a cena!

Não sei como, mas de repente apareceu um Strapon, Ela adora todo esses conjuntos de brinquedos sexuais, para ela fazer amor é fazer sexo, puro e duro, aqui a virgem acha que nunca seria o momento ideal só para nós e um strapon, mas não hesitei, controlei o meu medo, e comecei a senti-lo devagarinho dentro de mim, era tão especial, era Ela que me dava prazer, cada beijo, cada ligação entre nós, estava mágico, o braço dela agarrou me nos ombros e começou a fazer movimentos repetidos e fortes, cada gemido que soltava era um desejo, de continuar o acto.

Muito ela gostava daquela posição de 4, eu encostada no balcão de rabo empinado para Ela.

Virei-te! Já quase que me vinha naquela posição doida, ficamos de frente uma para a outra, eu não aguentei aquele olhar malandro e sedutor, com o mesmo olhar devorador que ela tinha naquele momento, que fera! Que doida! Mas eu estava a gostar!

Cada centímetro daquele strapon arrepiava-me e excitava me ao mesmo tempo!

E Ela continuava com os movimentos bruscos e eu com os gemidos de prazer, a minha mão continuava com os movimentos circulatórios no meu clitóris, até que naquele compasso de desejo eu rendi-me por completo na excitação e entrei em clímax!

Humidificada de prazer, arrastei a até à mesa, e lambia como se não houvesse amanhã e fi-la vir de prazer.....

Ela gritava pelo meu nome, pelo seu desejo por mim! Ela Ela.. Ela!

Não tenho explicação para o nosso amor!

Já não me sentia assim à imenso tempo, Ela sabe como me deixar louca por Ela.

Os meus olhos abriram, e olhei à minha volta, e não a vi. Ela tinha desaparecido.

Este sonho, só me fez ter mais desejo por Ela, ficar húmida por Ela, e continuar a acreditar que este sonho se tornará realidade, realidade essa que eu desejo muito!